"Relatos sobre vultos misteriosos em estradas e locais desertos à noite, são inúmeros em todo o mundo.
Em alguns casos, conta-se que esses misteriosos vultos acompanham algumas pessoas em uma parte do seu trajeto.
O que desejariam esses estranhos vultos fazendo uma companhia indesejada para pessoas desconhecidas?"
O relato à seguir conta sobre um desses casos!
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Esta história aconteceu com meus avós paternos, em uma cidade do interior do Estado de Pernambuco - Brasil.
Eles se conheceram ainda adolescentes, quando moravam numa fazenda em que seus pais trabalhavam, e logo cedo casaram.
Pouco tempo depois do casamento, quando ainda não tinham filhos, meus avós costumavam sair no começo da noite para passear e para assistir a programas de auditório na rádio difusora da minha cidade, que naquela época fazia muito sucesso.
Os programas terminavam relativamente cedo (para os padrões de hoje) e eles voltavam para a fazenda a pé.
Um trecho da estrada que levava até a fazenda tinha fama de ser mal assombrado, mas meus avós nunca deram crédito às histórias.
Um dia, voltando do costumeiro programa de auditório, meus avós começaram a ouvir passos atrás deles.
Olharam para trás, mas não havia ninguém.
Continuaram caminhando, embora com uma sensação estranha.
De repente, um silêncio absoluto se fez na estrada, embora durante a noite vários animais façam ruídos estranhos.
Ao mesmo tempo, eles soltaram a mão um do outro e sentiram uma presença se inserir no meio deles.
Minha avó sentia um lado do corpo - o lado onde meu avô estava - totalmente gelado, e meu avô sentia o mesmo no lado em que ela estava.
Entretanto, por alguma razão, eles não olharam para o lado e nem trocaram mais qualquer palavra durante todo o caminho.
Apenas sentiram aquela presença incômoda que os acompanhava e continuaram percebendo o extremo silêncio da estrada.
Ao passar pela porteira da fazenda, de repente a sensação de gelo e de incômodo passou, a presença sumiu e os barulhos da natureza voltaram ao normal.
Só então meu avô e minha avó tiveram coragem de perguntar um ao outro se tinham sentido algo estranho, e, para sua surpresa, ambos tinham tido a mesma impressão: um homem alto, todo vestido de branco, com os cabelos negros bem penteados e fumando um cigarro os tinha acompanhado durante todo o caminho até a porteira.
O mais intrigante é que eles não viram realmente o homem, não o enxergaram com a visão normal, mas apenas sentiram sua presença, sem saber ao certo como podiam descrevê-lo com tanta precisão e de forma tão igual.
Até hoje esse episódio é um mistério.
O certo é que a partir desse dia meus avós passaram a ir aos programas de auditório somente quando um grupo grande de amigos e familiares também ia.
Algum tempo depois eles se mudaram para a cidade e evitavam visitar a fazenda à noite.
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